(foto Gustavo Kruel - Dor)
É impressionante a dor que sinto, tudo lateja, pulsa. Meus batimentos cardíacos ficaram alterados, a dor é aguda, suo frio, os olhos lacrimejam sem meu comando.
Seguro firme o corte querendo juntar as partes da carne cortada, como se quisesse estancar o sangue ou que ele não existisse. Confesso que meu primeiro intuito foi de lamber a ferida, até pus a língua pra fora, mas isso seria animalesco demais e não pegaria bem na frente do outros.
Tentei manter a pose, disfarçar a dor, as lágrimas e a cara de cão carente, afinal era só um corte.
Cortei meu dedo com papel.
Um comentário:
O corte é sempre profundo na linguagem.
Postar um comentário